domingo, 15 de novembro de 2009

Room 13

"Já tinha passado do horário de dormir, mas ela ainda se revirava, acordada, na cama. Tinha que acordar cedo no dia seguinte, mas ela simplesmente não conseguia dormir. Ansiedade talvez. Ia voltar a andar a todo momento com as pessoas mais importantes da sua vida. Nervosismo quem sabe. Estava para entrar num mundo com tanta gente desconhecida que ela não fazia questão de conhecer. Sua cabeça não conseguia parar de pensar. Acabou quase não dormindo quando o relógio despertou. Já estava na hora. Sua nova vida estava para começar."


(...)


"Ela tentava entender o que tinha acontecido durante esse ano que passou tão rápido. Tudo tinha virado ao contrario. Como alguém podia entrar no sua vida no meio do nada, quando nada precisava mudar alem do que já estava mudando e acabar com suas expectativas e apesar de tudo como ela ainda podia ama-lo loucamente. Sentir que sua vida já não fazia sentido sem esse alguém para perturba-la, colocar duvidas sem sentido em sua mente. Estragar amizades. Destruir famílias e ama-la acima de tudo. E o que ela menos entendia era o motivo de apesar de tudo isso, estar sozinha em seu quarto. Sua mente podia saber o motivo, mas seu coração não queria aceitar. Não via motivo para um final como esse. Ela queria correr desesperadamente, gritar como louca e falar todo o sentimento que estava preso em seu coração. Mas não tinha permissão para isso. Sabia que não podia fazer isso. E infelizmente, ela tinha que aceitar."

Um comentário:

Vivi Ichihara disse...

É ruim mesmo aceitar o que não podemos mudar.
Mas acho que chega uma hora em que o coração não aguenta mais, que chorar já não é o suficiente pra tentar extravasar a dor, e a gente precisa mesmo correr e gritar todo aquele sentimento preso em nosso coração.
E a gente acaba dando um jeito de mudar o que não podia.
É arriscado, mas na maior parte das vezes vale à pena tentar. :)