terça-feira, 30 de março de 2010

My Last Breath

Eu não quero que o amanhã apareça.

Quero correr durante a chuva. Sem rumo. Sem destino.
Esquecer que tenho obrigações.
Esquecer da existência de certas pessoas.
Quero fingir que não errei e que não tenho nada a temer.
Quero ter coragem para agir. Ou desistir.
Quero minha vida de volta.
Aquela vida que nunca tive.
Mas que sempre vivi.
Quero ser apenas o que quero.
O que sempre quis ser.

Quero respirar.
Sentir o vento em meu rosto.
Sua mão ao meu alcance.
Para que possa me apoiar.
E nunca cair.


Mas nem tudo que quero, posso ter.
Por isso, o amanhã já está chegando.
Por isso, sei que errei. E temo muito por isso.
Por isso, não tenho você como meu apoio.
E por isso, sinto que estou caindo.
Caindo sem rumo. Sem destino.





Ouvindo: He War - Cat Power

2 comentários:

ChutaLetra disse...

Ah, o "doce" amanhã! É de deixar a todos nós assustados, mesmo. Principalmente quando vivemos coisas tão boas no passado e que sabemos que jamais irão se repetir.
Sem falar nessa vida que todos nós levamos. A tão desejada. A imaginária. Que está sempre presente, mas não é real :/
Bom, a regrinha é mesmo sobreviver a isso e a todo o resto.
Sobrevivamos e vossa senhoria bromotimeis! huahuaauha

Vivi Ichihara disse...

Encarar o amanhã é algo realmente assustador.
Seria muito legal se cada dia das nossas vidas fosse um episódio de Sayonara Zetsubou Sensei, onde aconteceria de tudo e o dia seguinte não teria nada a ver com nada.
Assim nos seria permitido nos jogar sem medo de errar e, mais ainda, de encarar as consequências dos erros.
Bom, mas a vida tá aí, é pra ser vivida e os erros uma hora ou outra acontecem.
O lance é saber lidar com eles sem se martirizar o tempo todo, porque errar faz parte da natureza humana e não podemos fazer nada quanto a isso.
Viva la Vida, Ms. Ricci =)